quarta-feira, 4 de maio de 2011

A Construção de Uma Escola Inclusiva

O mundo vive a era da globalização, ou pode-se até dizer da pós-globalização, a cada dia que se passa mais e mais teorias são criadas e velhas são derrubadas, descobertas, lançamentos, mudanças ocorrem no clima, na política, na sociedade, no convívio das pessoas e mais particularmente na forma como se vê o mundo e como ele nos vê.


Todas essas transformações supra citadas são importantes e necessárias, afinal tudo está em constante evolução. O problema que ocorre é que junto com todas essas transformações, globalização, correria, acabou-se por esquecer certos valores indispensáveis à vida dos cidadãos. Muita coisa evoluiu, mas às vezes o básico foi esquecido, direitos como: todos terem condições para ter uma vida digna, de qualidade em todos seus aspectos,... Tudo isso ficou para um segundo plano, as desigualdades e injustiças sociais cresceram assustadoramente.


O discurso político é muito bonito em época de eleições, dizendo que as crianças são o futuro do mundo, do Brasil, lindo, maravilhoso, se realmente políticas fossem desenvolvidas a promover isso de verdade. Elas são o futuro sim, mas também são o presente, para se construir um futuro feliz é preciso começar a caminhar desde o presente tendo apoio em todos os seus aspectos.


Outro “jargão” que se criou “é de que tudo começa na escola”, realmente isso não deixa de ser verdadeiro, mas a família é à base de tudo, em segundo lugar, a escola é exatamente o local mais apropriado para aquisição de conhecimento e construção de consciência crítica, de se desenvolver a percepção mnemônica, o raciocínio lógico, o desejo de mudança, enfim, a construção do sujeito cidadão. Bem, se os principais objetivos das escolas são esses, como se pode admitir a existência de escolas excludentes?


Mas afinal, o que se entende por uma escola inclusiva? Será aquela que tem uma sala de recursos (tipo DA -deficiente auditivo - ou DV – deficiente visual), ou ainda é aquela que tem alunos cadeirantes, com síndromes,... Estudando nas classes comuns, será que essas são escolas realmente inclusivas?


A princípio, em um primeiro olhar, poder-se-ia dizer que sim. São escolas inclusivas. Mas pergunta-se: será que realmente essas unidades escolares não segregam e excluem essas crianças com deficiências de alguma forma? Não basta aceitar as pessoas com necessidades especiais, a unidade escolar precisa de toda uma estrutura adaptada para atendê-las: precisa de professores capacitados, requer profissionais para apoio pedagógico, médico, psicólogo, estrutura física e pedagógica diferenciados, enfim uma gama de profissionais e atendimentos são necessários.


Como tão bem salienta Aranha, 2004:

“Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação. Um ensino significativo, é aquele que garante o acesso ao conjunto sistematizado de conhecimentos como recursos a serem mobilizados”.


Construir uma escola inclusiva, não é assim tão fácil precisa dos principais ingredientes da receita: vontade de que as coisas realmente aconteçam, perseverança, fé, entusiasmo, superação, não pode haver nenhum tipo de discriminação ou preconceito, entre outros ingredientes, resumindo, precisa-se ter vontade, é querer, é acreditar que pode dar certo e o mais importante ter consciência de que muito já se está sendo feito mais ainda é pouco, existe grande distância entre o real e o ideal, é perceber que se irá errar muitas vezes e fracassar, mas é ter coragem para reconhecer que errou e seguir em frente. Pois como já dizia Paulo Freire “Todos nós sabemos alguma coisa, todos nós ignoramos alguma coisa, por isso aprendemos sempre”. Todos possuem limitações, ninguém é perfeito.


Segundo Mantoan apud Gil, 1997:

“A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral”.


A luta em se ter uma escola inclusiva de verdade é grande, de nada adianta colocar a criança especial dentro de uma classe comum, se a deixarem segregada, exclusa, vegetando em sala de aula. A pessoa com deficiência tem que sentir-se valorizada, importante, inteligente, capaz igual aos demais estudantes. Cada um possui limites, até os “ditos normais” também possuem, o que o professor não pode é enfatizar a limitação das pessoas e sim mostrar-lhes que são capazes de evoluir sempre, que cada conquista não é o ponto final, é apenas o estímulo para buscar cada vez mais.


O professor que enfatiza o fracasso da outra pessoa, que é indiferente, não pode ser chamado de educador. Não se deseja de forma alguma, dizer que ser professor é fácil ou de que ter crianças totalmente diversas e com necessidades especiais em sala é tranqüilo fácil de trabalhar, que todos sabem lidar perfeitamente, não é isso. Mas o que não se pode aceitar é o docente que se deixa abater diante das dificuldades, que não busca ajuda, esse sim é um fracassado, pois prefere o erro (e muitas vezes bitolar e acabar com a vida de uma criança) do que ter a humildade de pedir ajuda.


A vontade de vencer deve ser maior que o medo de fracassar. Ninguém vence sozinho. Ninguém nasce sabendo as coisas, tudo se aprende e não se deve nunca perder a esperança, confiança e tranqüilidade, bem como já dizia Che Guevara “Tenemos que ser fuertes, pero jamais perder la ternura”


Segundo Aranha, 2004:

“Escola inclusiva é, aquela que garante a qualidade de ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades”


Na verdade, a escola que inclui é aquela que além de oferecer o acesso das crianças portadoras de necessidades especiais e de outras pessoas que de alguma forma sofrem algum preconceito (índio, negro, o estrangeiro, etc.), é aquela que garante a permanência e o sucesso dos alunos. Isso é um desafio constante a todos.


A construção de uma escola inclusiva de sucesso, só pode ocorrer se anteriormente existir educação, sociedade, família, mentes inclusivas, caso contrário o que se aprende e constrói na escola pode ser perdido com facilidade nos demais ambientes de convívio social, porque “O que nos faz semelhantes ou mais humanos são as diferenças" (GOMES, Nilma Lino) http://www.ensinoafrobrasil.org.br/portal/


O sucesso de toda escola só acontece quando há a participação e a integração de todos os envolvidos no processo educacional: docentes, direção, orientação, pais, alunos, políticos empenhados, e toda a comunidade em geral. Para nortear esses trabalhos faz-se necessário ter objetivos bem claros, políticas públicas definidas e acessíveis, projeto político pedagógico que condiz com a realidade, fundamentação teórica relacionada com a prática (materialismo dialético), pois “Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de rejeição” www.portoalegre.rs.gov.br./smed)


O processo de avaliação deverá ser todo reformulado também, ao se lidar com crianças com deficiências, não se pode julgar todos iguais, cada qual tem seus talentos, suas habilidades e capacidades próprias; e trabalhá-las, desenvolvê-las é o mais importante do que um simples número que restringe, bitola e constrange uma pessoa.


A legislação é bem clara quando relata que se deve oferecer estudo gratuito a todas as crianças de 0 a 14 anos, mas o que ocorre muitas vezes é os pais (principalmente de pessoas com necessidades especiais) não saberem disso, de que tem o direito de colocar seus filhos na escola. Cabe não só aos pais a responsabilidade de procurar matrícula, mas também da escola e da comunidade, reconhecer e ir à busca dessas crianças e levá-las a escola.


Conforme Aranha (2004) pontua:

“Quando a família dispõe de meios efetivos de participação ativa e regular na vida da escola, gradativamente constrói a consciência de que a escola é um bem público que também é seu”


A avaliação (já citada), bem como, a proposta pedagógica deve ser estudada, reinventada, deve haver flexões curriculares para atender todo o público escolar.

Enfim, uma escola inclusiva ideal requer muitas coisas, segundo Aranha (2004) pensa:

“A escola que pretende ser inclusiva deve se planejar para gradativamente implementar as adequações necessárias, para garantir o acesso de alunos com necessidades educacionais especiais à aprendizagem e ao conhecimento."

Para a construção de uma escola inclusiva, primeiramente é importante que o município tenha elaborado e em funcionamento o Plano Municipal de Educação, pois sem planejamento é praticamente impossível estabelecer prioridades e necessidades reais do município e das escolas.


Para Aranha, 2004:

“O Plano Municipal de Educação, portanto, deve ser um instrumento construído coletivamente, a partir da ampla consulta à população em geral, e à comunidade acadêmica, em particular. Deve ser avaliado continuamente, reajustado e divulgado, à medida que avanços ocorram no alcance das"


O Plano Municipal de Educação deve ter por base o Plano Nacional e Estadual de Educação, só a partir dos conhecimentos destes, que o do município pode ser construído. Cada cidade tem até o ano de 2010 para ter seu Plano Municipal de Educação elaborado.


Com este Plano maior e melhores ações podem ser planejadas, prevenidas, desenvolvidas. O município terá todo um levantamento da real situação da educação na cidade. Segue a seguir algumas informações que o município poderá obter com o Plano: mapeamento das crianças de 0 a 14 anos freqüentando ou não a escola, informações sobre alunos com necessidades especiais nesta faixa etária, quais adequações físicas ainda são necessárias nas escolas, qual o apoio técnico e pedagógico que os professores recebem programa de formação continuada para professores, processo de avaliação, entre outros.


Percebe-se que não é tarefa fácil construir e colocar em prática uma escola inclusiva. Muitas unidades escolares apenas integram os alunos com deficiência, mas isso não é ser uma escola inclusiva. A inclusão requer muito mais. A verdadeira inclusão só ocorre quando se consegue remover todas as barreiras existentes: preconceitos, pré-conceitos, medo, comodismo,...


A escola inclusiva quer acabar com os rótulos de que a criança com deficiência necessita de uma escola paternalista, assistencial, que as trate como incapazes ou limitados.


Sobre isso, Monte e Santos (2004) dizem que:

“A inclusão está fundada na dimensão humana e sociocultural que procura enfatizar formas de interação positivas, possibilidades, apoio às dificuldades e acolhimento das necessidades dessas pessoas, tendo como ponto de partida a escuta dos alunos, pais e comunidade escolar”.


“A pedagogia adotada na escola inclusiva deve ser a pedagogia voltada à criança como um todo. “A escola deve buscar refletir sobre sua prática, questionar seu projeto pedagógico e verificar se ele está voltado para diversidade”

Percebe-se que aqui não se está falando em tratar as crianças como diferentes, melhores ou piores umas que as outras, mas sim da necessidade da escola conhecer a diversidade com que trabalha para que realmente possa desenvolver um bom trabalho, que atinja a todos, sem ser excludente. Também não se deseja a uniformização das crianças, ou seja, que sejam todas consideradas iguais, pois cada ser é uno, e merece ser tratado como ser especial, realmente único como é. Nesse processo objetiva-se apenas a inclusão de todos, e esta deve ocorrer não só na escola mas em toda a vida social da pessoa.
A Construção de Uma Escola Inclusiva

Autora: Graziela Alves

O mundo vive a era da globalização, ou pode-se até dizer da pós-globalização, a cada dia que se passa mais e mais teorias são criadas e velhas são derrubadas, descobertas, lançamentos, mudanças ocorrem no clima, na política, na sociedade, no convívio das pessoas e mais particularmente na forma como se vê o mundo e como ele nos vê.


Todas essas transformações supra citadas são importantes e necessárias, afinal tudo está em constante evolução. O problema que ocorre é que junto com todas essas transformações, globalização, correria, acabou-se por esquecer certos valores indispensáveis à vida dos cidadãos. Muita coisa evoluiu, mas às vezes o básico foi esquecido, direitos como: todos terem condições para ter uma vida digna, de qualidade em todos seus aspectos,... Tudo isso ficou para um segundo plano, as desigualdades e injustiças sociais cresceram assustadoramente.


O discurso político é muito bonito em época de eleições, dizendo que as crianças são o futuro do mundo, do Brasil, lindo, maravilhoso, se realmente políticas fossem desenvolvidas a promover isso de verdade. Elas são o futuro sim, mas também são o presente, para se construir um futuro feliz é preciso começar a caminhar desde o presente tendo apoio em todos os seus aspectos.


Outro “jargão” que se criou “é de que tudo começa na escola”, realmente isso não deixa de ser verdadeiro, mas a família é à base de tudo, em segundo lugar, a escola é exatamente o local mais apropriado para aquisição de conhecimento e construção de consciência crítica, de se desenvolver a percepção mnemônica, o raciocínio lógico, o desejo de mudança, enfim, a construção do sujeito cidadão. Bem, se os principais objetivos das escolas são esses, como se pode admitir a existência de escolas excludentes?


Mas afinal, o que se entende por uma escola inclusiva? Será aquela que tem uma sala de recursos (tipo DA -deficiente auditivo - ou DV – deficiente visual), ou ainda é aquela que tem alunos cadeirantes, com síndromes,... Estudando nas classes comuns, será que essas são escolas realmente inclusivas?


A princípio, em um primeiro olhar, poder-se-ia dizer que sim. São escolas inclusivas. Mas pergunta-se: será que realmente essas unidades escolares não segregam e excluem essas crianças com deficiências de alguma forma? Não basta aceitar as pessoas com necessidades especiais, a unidade escolar precisa de toda uma estrutura adaptada para atendê-las: precisa de professores capacitados, requer profissionais para apoio pedagógico, médico, psicólogo, estrutura física e pedagógica diferenciados, enfim uma gama de profissionais e atendimentos são necessários.


Como tão bem salienta Aranha, 2004:

“Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação. Um ensino significativo, é aquele que garante o acesso ao conjunto sistematizado de conhecimentos como recursos a serem mobilizados”.


Construir uma escola inclusiva, não é assim tão fácil precisa dos principais ingredientes da receita: vontade de que as coisas realmente aconteçam, perseverança, fé, entusiasmo, superação, não pode haver nenhum tipo de discriminação ou preconceito, entre outros ingredientes, resumindo, precisa-se ter vontade, é querer, é acreditar que pode dar certo e o mais importante ter consciência de que muito já se está sendo feito mais ainda é pouco, existe grande distância entre o real e o ideal, é perceber que se irá errar muitas vezes e fracassar, mas é ter coragem para reconhecer que errou e seguir em frente. Pois como já dizia Paulo Freire “Todos nós sabemos alguma coisa, todos nós ignoramos alguma coisa, por isso aprendemos sempre”. Todos possuem limitações, ninguém é perfeito.


Segundo Mantoan apud Gil, 1997:

“A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral”.


A luta em se ter uma escola inclusiva de verdade é grande, de nada adianta colocar a criança especial dentro de uma classe comum, se a deixarem segregada, exclusa, vegetando em sala de aula. A pessoa com deficiência tem que sentir-se valorizada, importante, inteligente, capaz igual aos demais estudantes. Cada um possui limites, até os “ditos normais” também possuem, o que o professor não pode é enfatizar a limitação das pessoas e sim mostrar-lhes que são capazes de evoluir sempre, que cada conquista não é o ponto final, é apenas o estímulo para buscar cada vez mais.


O professor que enfatiza o fracasso da outra pessoa, que é indiferente, não pode ser chamado de educador. Não se deseja de forma alguma, dizer que ser professor é fácil ou de que ter crianças totalmente diversas e com necessidades especiais em sala é tranqüilo fácil de trabalhar, que todos sabem lidar perfeitamente, não é isso. Mas o que não se pode aceitar é o docente que se deixa abater diante das dificuldades, que não busca ajuda, esse sim é um fracassado, pois prefere o erro (e muitas vezes bitolar e acabar com a vida de uma criança) do que ter a humildade de pedir ajuda.


A vontade de vencer deve ser maior que o medo de fracassar. Ninguém vence sozinho. Ninguém nasce sabendo as coisas, tudo se aprende e não se deve nunca perder a esperança, confiança e tranqüilidade, bem como já dizia Che Guevara “Tenemos que ser fuertes, pero jamais perder la ternura”


Segundo Aranha, 2004:

“Escola inclusiva é, aquela que garante a qualidade de ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades”


Na verdade, a escola que inclui é aquela que além de oferecer o acesso das crianças portadoras de necessidades especiais e de outras pessoas que de alguma forma sofrem algum preconceito (índio, negro, o estrangeiro, etc.), é aquela que garante a permanência e o sucesso dos alunos. Isso é um desafio constante a todos.


A construção de uma escola inclusiva de sucesso, só pode ocorrer se anteriormente existir educação, sociedade, família, mentes inclusivas, caso contrário o que se aprende e constrói na escola pode ser perdido com facilidade nos demais ambientes de convívio social, porque “O que nos faz semelhantes ou mais humanos são as diferenças" (GOMES, Nilma Lino) http://www.ensinoafrobrasil.org.br/portal/


O sucesso de toda escola só acontece quando há a participação e a integração de todos os envolvidos no processo educacional: docentes, direção, orientação, pais, alunos, políticos empenhados, e toda a comunidade em geral. Para nortear esses trabalhos faz-se necessário ter objetivos bem claros, políticas públicas definidas e acessíveis, projeto político pedagógico que condiz com a realidade, fundamentação teórica relacionada com a prática (materialismo dialético), pois “Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de rejeição” www.portoalegre.rs.gov.br./smed)


O processo de avaliação deverá ser todo reformulado também, ao se lidar com crianças com deficiências, não se pode julgar todos iguais, cada qual tem seus talentos, suas habilidades e capacidades próprias; e trabalhá-las, desenvolvê-las é o mais importante do que um simples número que restringe, bitola e constrange uma pessoa.


A legislação é bem clara quando relata que se deve oferecer estudo gratuito a todas as crianças de 0 a 14 anos, mas o que ocorre muitas vezes é os pais (principalmente de pessoas com necessidades especiais) não saberem disso, de que tem o direito de colocar seus filhos na escola. Cabe não só aos pais a responsabilidade de procurar matrícula, mas também da escola e da comunidade, reconhecer e ir à busca dessas crianças e levá-las a escola.


Conforme Aranha (2004) pontua:

“Quando a família dispõe de meios efetivos de participação ativa e regular na vida da escola, gradativamente constrói a consciência de que a escola é um bem público que também é seu”


A avaliação (já citada), bem como, a proposta pedagógica deve ser estudada, reinventada, deve haver flexões curriculares para atender todo o público escolar.

Enfim, uma escola inclusiva ideal requer muitas coisas, segundo Aranha (2004) pensa:

“A escola que pretende ser inclusiva deve se planejar para gradativamente implementar as adequações necessárias, para garantir o acesso de alunos com necessidades educacionais especiais à aprendizagem e ao conhecimento."

Para a construção de uma escola inclusiva, primeiramente é importante que o município tenha elaborado e em funcionamento o Plano Municipal de Educação, pois sem planejamento é praticamente impossível estabelecer prioridades e necessidades reais do município e das escolas.


Para Aranha, 2004:

“O Plano Municipal de Educação, portanto, deve ser um instrumento construído coletivamente, a partir da ampla consulta à população em geral, e à comunidade acadêmica, em particular. Deve ser avaliado continuamente, reajustado e divulgado, à medida que avanços ocorram no alcance das"


O Plano Municipal de Educação deve ter por base o Plano Nacional e Estadual de Educação, só a partir dos conhecimentos destes, que o do município pode ser construído. Cada cidade tem até o ano de 2010 para ter seu Plano Municipal de Educação elaborado.


Com este Plano maior e melhores ações podem ser planejadas, prevenidas, desenvolvidas. O município terá todo um levantamento da real situação da educação na cidade. Segue a seguir algumas informações que o município poderá obter com o Plano: mapeamento das crianças de 0 a 14 anos freqüentando ou não a escola, informações sobre alunos com necessidades especiais nesta faixa etária, quais adequações físicas ainda são necessárias nas escolas, qual o apoio técnico e pedagógico que os professores recebem programa de formação continuada para professores, processo de avaliação, entre outros.


Percebe-se que não é tarefa fácil construir e colocar em prática uma escola inclusiva. Muitas unidades escolares apenas integram os alunos com deficiência, mas isso não é ser uma escola inclusiva. A inclusão requer muito mais. A verdadeira inclusão só ocorre quando se consegue remover todas as barreiras existentes: preconceitos, pré-conceitos, medo, comodismo,...


A escola inclusiva quer acabar com os rótulos de que a criança com deficiência necessita de uma escola paternalista, assistencial, que as trate como incapazes ou limitados.


Sobre isso, Monte e Santos (2004) dizem que:

“A inclusão está fundada na dimensão humana e sociocultural que procura enfatizar formas de interação positivas, possibilidades, apoio às dificuldades e acolhimento das necessidades dessas pessoas, tendo como ponto de partida a escuta dos alunos, pais e comunidade escolar”.


“A pedagogia adotada na escola inclusiva deve ser a pedagogia voltada à criança como um todo. “A escola deve buscar refletir sobre sua prática, questionar seu projeto pedagógico e verificar se ele está voltado para diversidade”

Percebe-se que aqui não se está falando em tratar as crianças como diferentes, melhores ou piores umas que as outras, mas sim da necessidade da escola conhecer a diversidade com que trabalha para que realmente possa desenvolver um bom trabalho, que atinja a todos, sem ser excludente. Também não se deseja a uniformização das crianças, ou seja, que sejam todas consideradas iguais, pois cada ser é uno, e merece ser tratado como ser especial, realmente único como é. Nesse processo objetiva-se apenas a inclusão de todos, e esta deve ocorrer não só na escola mas em toda a vida social da pessoa.


Assim, Gil (1997) comenta:

“É importante que o professor e toda a comunidade escolar (diretor, funcionários, alunos) se lembrem de que todo aluno pode, a seu modo e respeitando seu tempo, beneficiar-se de programas educacionais, desde que tenha oportunidades adequadas para desenvolver sua potencialidade”.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Educação Inclusiva

Educação Inclusiva
O Centro Municipal de Apoio à Educação Inclusiva, localizado na QD 09 lotes 17 e 18 e QD 02 lote 02 Vila Paraíso II, Santo Antônio do Descoberto – GO, CEP 72900 000, baseado na autorização de funcionamento Nº 11/2006 de 23/05/2006, de acordo com o Conselho Municipal de Educação no uso de suas atribuições legais confere ao Centro a autoridade para atender Pessoas Portadoras de Deficiências Intelectuais e Múltiplas. Atualmente compõe o administrativo a gestora Uivani Carvalho de Melo, secretária escolar Ademaura Ferreira da Costa, coordenadora Pedagógica Marilucia Custódio Luiz, há  13 professores em atividades (02 por turma), 03 merendeiras, 03 auxiliares de serviços gerais, 02 guardas, 03 motoristas, um total de 25 funcionários. A estrutura física do Centro é composta de 05 salas de aula,  01 diretoria e secretaria, 01 cantina, 01 piscina, 02 pátios pequenos, 01 sala de coordenação, 05 banheiros.  Possui 10 turmas, matutino e vespertino, sendo 02 turmas de oficinas, 04 turmas de alfabetização, 04 turmas de DMU. O objetivo do Centro é promover a inclusão dos alunos portadores de necessidades educativas especiais no sistema educacional sistematizado, o trabalho na instituição por falta de espaço físico e profissional qualificado não atendemos os alunos por modalidades, que seria o ideal.





HINO DO EXCEPCIONAL
Se todos se unirem a força será bem maior.
Essas crianças merecem um mundo melhor.
Se um dia olharem em seus olhos irá perceber
o querem dizer.
Me de sua mão, pois a minha esperança é você.

Se um dia você por acaso perder a esperança.
Pode buscá-la nos olhos de uma criança.
Quem faz o sorriso brotar não vai encontrar mais razão pra chorar.
Me de sua mão, pois a minha esperança é você.

Muitos não sabem falar.
Outros não podem correr.
Mais se você der amor elas irão compreender.
Todos na mesma oração queremos
você em nossa canção.
Me de sua mão, pois minha esperança é você.



Bento Gonçalves – RS



PROJETO HORTA  NA ESCOLA